quinta-feira, 25 de março de 2010

Novo Post do LOBO SOLITÁRIO (Reciclando as ideias)

A um tempo atrás, como já escrevi, parecia estar solto depois de uma pena de 13 anos, mesmo considerando os momentos bons. Mas no início a liberdade foi intensa e gasta na sua totalidade. Depois de um ano, o rítimo foi caindo, caindo, e vieram os trabalhos, uns nomoros de um a três meses, mas eu estava noutro rítmo. Como mencionei anteriormente, eu era um cego num tiroteio.

Depois de um ano, a rotina me fazia parecer um robô, e tudo pareceu ficar sem graça, pois com a lei seca e os amigos amarrados nas suas respectivas, tive que me virar, e aí é que veio mais um aprendizado para esse Lobo de 34 anos. Estando mais em casa do que antes, comecei a ter mais contato com meu sobrinho de 15 anos, e um amigo dele de 17. Para meu espanto, estava ficando cada vez mais junto deles, e quer saber, estava curtindo aquela nova forma de ver as coisas.

Não íamo-mos para baladas, esse não era a finalidade principal, e passamos a ir para cinemas e shoppings para apenas conversar e ver o movimento. Eu mesmo não acreditava que estava ali com dois adolescentes, e que eu tinha o dobro da idade de cada um. Mas a verdade é que era eu que estava aprendendo muito com eles, e ao mesmo tempo que entendia aquela idade deles e os dilemas, ia comparando com os da minha quando tinha a idade deles, estava me divertindo.

É claro que muita coisa mudou, e que nesse tempo pude ver como as relações entre meninos e meninas avançaram 1000 anos luz, fazendo eu parecer um teco-teco perante aqueles supersônicos adolescentes. Eu estava avaliando tudo, eles, eu, o que fazer, o que eu fiz, enfim, as relações que temos hoje nos dias corridos da semana. Realmete não esperava essa minha reação.

Mas no carnaval, festa que tanto gosto, pude ver o outro lado, aquele supersônico, sendo posto em prática. Nele as meninas se esforçavam para serem mais mulheres, e os garotos na sua eterna provação perante os amigos. Mas tudo muito mais intenso de quando eu tinha a mesma idade. Até os marmanjos da minha idade se aventuravam nas de 18 anos, me fazendo pensar onde estavam os macacos e onde teriam ficado os galhos de cada um. Pois é, cada macaco no seu galho.

No final, creio que aprendi mais do que previa imaginar, e para ser sincero nem imaginava ou cogitava aprender nada. Tudo veio naturalmente, e para mim foi muito bom, pois como não tenho filhos, vou acumulando milhagem para quando a alcatéia começar a crescer. Sempre dizemos que temos que ensinar os mais jovens, mas eu nunca esperava ter aprendido com eles. Valeu cada minuto.

Postado por Wolf34 às Terça-feira, Março 23, 2010

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