domingo, 31 de outubro de 2010

Decifra-me ou te devoro!

Por Marcia Albuquerque do Blog Relacionamentos, Vida & Cotidiano

 
Meu enigma é uma mistura de ritual e profecia,
ritual de suavidade quando te vejo,
profecia de um toque que me delicia,
é uma mistura de romance com desejo.

Na beleza da poesia e nas entrelinhas de um verso,
me descubro tua quando tu se percebe meu,
num romance de momentos diversos
o meu sentir se entregou ao teu.

Meu enigma amor, nada mais é que um conto,
versos da minha boca reconhecendo a tua
como se fosse nosso primeiro encontro,
escrevo versos da minha boca se perdendo a sua.

Minha boca é tua eterna namorada,
Julieta a espera de Romeu,
que por teu olhar se tornou apaixonada,
e quando te beijou sua enfim se percebeu.

Decifra-me ou te devoro,
beija-me e não me esquece,
lembra como sempre te namoro,
guarda minha boca que te beija em prece.

Beija-me como suave brisa,
sente minha intensidade e meu amor,
descrevo teu beijo com versos de poetisa,
como se ele fosse do meu jardim a mais bela flor. 


Fonte: http://relacionamentoecotidiano.blogspot.com/2010/10/decifra-me-ou-te-devoro.html


segunda-feira, 25 de outubro de 2010

De Coração & Arte (por Mari Cysneiros)

Um espaço onde coisas possíveis são realmente possíveis. Um espaço onde idéias práticas e criativas se misturam, dando cor e muito charme ao seu cantinho.

A talentosa Mari Cysneiros criou esse espaço incrível.








Visitem: http://www.decolorido.blogspot.com/

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Impulsividade por Clarice Lispector

"Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.


Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou maduro bastante ainda. Ou nunca serei."

(Clarice Lispector)

p.s. sou a favor do controle da impulsividade a partir de um certo momento de nossa existência.

sábado, 2 de outubro de 2010

http://lobosolitariocom.blogspot.com/

O Jeito Híbrido de Ser.



Somos movidos em nossas vidas basicamente por dois tipos de formas de agir, o racional e o emocional. Cada um com vantagens e desvantagens, havendo aquelas pessoas que possuem mais características de um em detrimento ao outro, ou quem sabe aqueles a quem considero sortudos, e que conseguem o equilíbrio entre essas duas formas de agir.

Fazendo uma comparação entre esses dois estilos, eu arriscaria dizer que a razão corresponderia a uma pessoa com uma forma cautelosa e prudente de ver os acontecimentos, avaliando cada situação da forma como deve ser, “doa a quem doer”. Já o sujeito emocional me faz lembrar em muito um Kamikaze, com uma forma intensa e inesperada, avaliando a situação no estilo “dure o quanto durar”.

É difícil parar para decidir qual das duas formas usar quando se está gostando muito de alguém. Uma situação bem provável de acontecer é a de esse alguém ser bastante racional, enquanto você voa as cegas com um avião carregado de sentimentos. Todas as outras situações de combinações são curiosas e dignas de estudos aprofundados. A questão aqui é conseguir enxergar bem todo o contexto ao seu redor.

Mas fica uma pergunta, será que dá para escolher como agir, ou simplesmente não percebemos quando estamos agindo com prudência ou como kamikazes? Para aqueles que não percebem a sua forma de agir com relação aos assuntos do coração, tudo pode se tornar mais complicado, e terminar de forma dolorosa. Se você não é um “Híbrido” dessas duas formas de agir, é bem provável que vá encontrar situações complicadas.

Bem difícil ser racional quando as emoções estão a flor da pele, e ser emotivo quando estamos agindo de forma sensata e racional. Já tive minha fase puramente emotiva, e deixava tudo ao sabor do vento, sem me preocupar com acontecimentos futuros, vivendo um dia de cada vez. Não preciso dizer que houve conseqüências, e hoje me considero mais racional que emotivo. O receio de ser apenas emotivo ou apenas racional faz com que eu queira ser cada vez mais um híbrido.